Sunday, February 15, 2009

Chuto na crise

Está na altura de acabar com esta maldita crise, ou pelo menos com as recordações dela. O país é pequeno mas grande em mesquinhez, grande em pequenez e insegurança!
Por vezes não percebo como é possível tanto pessimismo, se bem que a vida seja deveras dura. No entanto o melhor caminho deverá sempre ser aquele que engloba uma luta por um futuro melhor, e aí cada um terá que fazer a sua quota parte, não haverá hipótese para empréstimos ou sobreendividamentos.

E que tal começar essa revolução pessoal?!

Há muito que não escrevia no blog mas hoje deu-me para os moralismos e incentivos à luta pela vida!

Tuesday, December 30, 2008

2009 à vista!


Aí vem o novo ano.


Os meus votos (para todos os conhecidos, desconhecidos, amigos, colegas, familiares, namorada, vizinhos, etc...) são de um novo ano repleto de alegria, amor, felicidade, paz, saúde, dinheiro e emprego!


Enfim, os votos mais básicos e repetidos, tudo de bom!!

Monday, December 8, 2008

Um domingo (quase) como todos os outros

Ele estava em Braga. Eu sou de Braga.
Ele é da política. Eu (até) gosto de política.
Ele mente com todos os dentes...Eu odeio mentiras!

Domingo, 7 de Dezembro, será a data recordada pelo "Boas Tardes" dado por um senhor de nome José Sócrates à minha pessoa.

O sorriso irónico é igual aquele que há muito desenhei no meu imaginário...A um indiscreto olhar que lhe lancei, a resposta cínica não hesitou.

Este post acaba por não ter grande sentido, mas serve apenas para falar sobre o nosso Primeiro Ministro e a sua visita a Braga para a assinatura do contrato de construção do novo hospital de Braga; esse sim, um assunto de relevo.

Wednesday, November 5, 2008

COMEÇAR A ACABAR

Samuel Beckett é conhecido pela escrita humanista com horizontes negros, medonhos e intimidantes. E esta peça acaba por ser uma extensa reflexão, um monóloga reflexivo acerca de uma vida que passou ao lado de quem a poderia ter vivido; um homem que nunca amou, que nunca percebeu a sua própria família. Todo um conjunto de memórias tristes e duras, deambulações metafóricas fortemente carregadas de significado existencialista.

Um momento brilhante do actor João Lagarto, uma peça daquelas que soube bem, mesmo bem, mesmo para quem nem é um entendido da matéria.

Monday, November 3, 2008

"The change we need"

A Política Americana está longe de me tirar o sono. No entanto, desta vez até faz com que leia meia dúzia de biografias dos candidatos e não mude de canal quando o assunto é este.
Barak Obama, um Afro-Americano, um preto, um sonhador, um lutador...um político...Será mais um dos poucos (muito poucos) que me faz acreditar na existência do bom exercício de politica?!

Pelo menos, já tem dados que fazem dele diferente, resta-lhe ganhar e saber jogar a este jogo que é a vida (política).

Friday, August 15, 2008

Fernando Pessoa - Poema em linha Recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.